09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Ambiente e saúde |
19972 - AVALIAÇÃO DA DOSE DE RISCO AO MERCÚRIO PROVENIENTE DO CONSUMO DE PEIXE DO RIO MADEIRA, PORTO VELHO, RONDÔNIA. DENNYS DE SOUZA MOURÃO - ENSP/FIOCRUZ, BEATRIZ FÁTIMA ALVES DE OLIVEIRA - ENSP/FIOCRUZ, CLAUDIA MARIBEL RUIZ VEGA - ENSP/FIOCRUZ, LUDMILLA VIANA JACOBSON - UFF, PAULO RUBENS GUIMARÃES BARROCAS - ENSP/FIOCRUZ, SANDRA DE SOUZA HACON - ENSP/FIOCRUZ
O objetivo foi estimar o risco toxicológico ao mercúrio proveniente do consumo de peixe para os diferentes grupos populacionais residentes nas comunidades da Amazônia brasileira. Trata-se de um estudo transversal, com residentes das comunidades ribeirinhas da cidade de Porto Velho/RO. Foram definidos três grupos de estudo, o de crianças/adolescentes (5 a 18), o de mulheres em idade reprodutiva (15 a 49 anos) e o de adultos. A dose de exposição ao mercúrio foi estimada a partir das medidas de quantidade e frequência do consumo de peixe por refeição, peso corporal e concentração de mercúrio em peixe aferidas na área de estudo, com auxílio do software CrystalBall. O quociente de risco (QR) foi calculado pela razão da dose de exposição e os valores de referência internacionais. A mediana da concentração de mercúrio em peixe encontrada nesse estudo foi de 0,11µg/g para peixes não predadores e 0,33 µg/g para peixes predadores. A mediana da dose de exposição estimada foi de 0,49 µg/kg/dia, 0,25 µg/kg/dia e 0,51 µg/kg/dia, nos grupos crianças/adolescentes, mulheres e adultos, respectivamente. O QR ficou acima de 1 entre 51-97%, 55-87% e 54-96%, respectivamente, nos grupos crianças/adolescentes, mulheres e adultos. A dose de exposição estimada nesse estudo corrobora com os resultados encontrados em outros estudos na região Amazônica, que apontam elevada exposição ao mercúrio. Todos os grupos apresentaram probabilidade maior que 50% de ter dose de exposição ao mercúrio maior que a dose de referência para efeitos neurológicos baseadas em estudos internacionais.
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