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Sessão de Poster Dialogado

09/10/2017 - 13:45 - 14:40
Epidemiologia do câncer 1

16424 - SOBREVIDA E O CÂNCER DE MAMA – ANÁLISE EM UMA COORTE DE MULHERES DE 50 ANOS OU MAIS
DANIELE BITTENCOURT FERREIRA - CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA, LÍVIA MARIA SANTIAGO - UFRJ, CLEBER NASCIMENTO DO CARMO - ENSP-FIOCRUZ, GRAZIELE MARQUES RODRIGUES - ENSP-FIOCRUZ, ANA CATARINA ALVES E SILVA. - ENSP-FIOCRUZ, ANKE BERGMANN - INCA-MS, INÊS ECHENIQUE MATTOS - ENSP-FIOCRUZ


Objetivo:Analisar o papel da comorbidade na sobrevida global(SG) de cinco anos e na sobrevida livre de doença(SLD) em uma coorte de mulheres de 50 anos ou mais com câncer de mama. Métodos:Estudo de coorte retrospectivo com mulheres diagnosticadas com câncer de mama, matriculadas no Hospital do Câncer III-INCA (janeiro-dezembro/2008), com estadiamento I-III, que se submeteram a tratamento cirúrgico curativo. A comorbidade(variável independente) foi mensurada por dois instrumentos: a CIRS-G e a escala de Charlson. O tempo de seguimento de 60 meses foi considerado para avaliação da SG(desfecho óbito) e da SLD(desfecho recidiva/metástase). Variáveis sociodemográficas e clínicas foram analisadas. Para análise da SG foi utilizado o método de Kaplan Meier(teste log-rank). Na análise da SLD utilizou-se a regressão de Cox para análise bivariada. A regressão de Cox foi utilizada para a análise múltipla da SG e da SLD. Resultados:Foram acompanhadas 464 mulheres com idade média de 63,5 anos (±9,9). O período médio de seguimento para avaliação da SG correspondeu a 58,17 meses (±0,38). Foram identificados na população de estudo 27 óbitos (5,8%) e a SG correspondeu a 93,8%. O modelo mais parcimonioso para SG foi o que incluiu idade contínua(HR=1,03;IC95% 0,99-1,07), estadiamento(HR=4,64;IC95%1,66-12,95),raça(HR=2,99;IC95%1,22-7,31) e recidiva/metástase(HR=14,67; IC95% 5,79-37,19). No modelo múltiplo da SLD permaneceram as variáveis idade(HR=1,03;IC95%1,00-1,06), estadiamento(HR=2,80;IC95%1,53-5,12), comorbidade grave do sistema endócrino/metabólico(HR=7,55 IC95% 0,99-57,35) e receptor de estrogênio positivo(HR=0,33;IC95%0,18-0,61). Conclusão:Neste estudo observou-se que a presença de comorbidade grave no sistema endócrino/metabólico é um fator de risco para desenvolvimento de recidiva/metástase, sendo a positividade do receptor de estrogênio um fator de proteção.


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