10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Epidemiologia da saúde do idoso |
18556 - INCIDÊNCIA E PREDITORES DE CÁRIE RADICULAR EM IDOSOS DO SUL DO BRASIL AUGUSTO BACELO BIDINOTTO - UFRGS, ALINE BLAYA MARTINS - UFRGS, CAMILA MELLO DOS SANTOS - UFRGS, FERNANDO NEVES HUGO - UFRGS, JULIANA BALBINOT HILGERT - UFRGS, DALVA MARIA PEREIRA PADILHA - UFRGS, RENATO JOSÉ DE MARCHI - UFRGS
Objetivo: Avaliar a incidência de cárie radicular em idosos independentes sul-brasileiros e sua associação com variáveis preditoras.
Métodos: Uma amostra aleatória de idosos independentes residentes em Carlos Barbosa-RS foi selecionada em 2004. Havia 388 indivíduos dentados na linha de base, dos quais 273 foram avaliados no seguimento, em 2008. Destes 273, 33 tornaram-se edêntulos e 5 não tiveram raiz exposta, sendo 235 os indivíduos incluídos na análise. O desfecho foi densidade de incidência (DI) de cárie radicular, definida como a razão do número de raízes com novas cáries ou restaurações pela soma de raízes-tempo em risco, por participante. Odds Ratios (OR) foram calculados para os preditores clínicos e sociodemográficos através de regressão binomial negativa.
Resultados: A média de raízes em risco por participante foi 7,0 (DP ± 4,9). A incidência média de cárie radicular foi 0,8 (DP ± 1,0), sendo que 116 (49,4%) participantes apresentaram lesões. A DI média foi 0,16 (DP ± 0,31). Idade em anos (OR 1,02, IC 95% 1,00 – 1,06), morar em zona rural (OR 1,88, IC 95% 1,37 – 2,57), escovar os dentes menos de uma vez por dia (OR 1,88, IC 95% 1,19 – 2,96) e fluxo salivar estimulado, em ml/5min (OR 0,89, IC 95% 0,84 – 0,95) estiveram associados ao desfecho.
Conclusão: A alta incidência sugere que cárie radicular pode se tornar um problema importante a medida que perda dentária se tornar menos prevalente. Os preditores encontrados sugerem necessidade de mesclar estratégias de prevenção a nível individual e populacional.
|