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Sessão de Poster Dialogado

10/10/2017 - 13:45 - 14:40
Epidemiologia da saúde do idoso

18901 - FATORES ASSOCIADOS ÀS EXPERIÊNCIAS DE DISCRIMINAÇÃO RELATADAS POR IDOSOS: ESTUDO EPIFLORIPA 2013/2014
THAISSA ARAUJO DE BESSA - UFSC, CAMILA DE SOUZA SANTOS - UFSC, MICHELLI VITÓRIA SILVESTRE - UFSC, SUSANA CARARO CONFORTIN - UFSC, ANDRÉ JUNQUEIRA XAVIER - UFSC, ELEONORA D’ORSI - UFSC, JOÃO LUIZ DORNELLES BASTOS - UFSC


Objetivos: Analisar os fatores associados à experiência de discriminação durante a vida relatada por idosos de Florianópolis. Métodos: Estudo transversal, de base populacional, conduzido com 1.197 idosos. A experiência de discriminação baseou-se no autorrelato de discriminação do idoso em pelo menos uma das 18 situações vivenciadas ao longo da vida por meio da Escala de Discriminação Explícita (EDE). As variáveis independentes analisadas foram: sexo, faixa etária, cor da pele autorreferida, escolaridade, renda, provável déficit cognitivo e sintomas depressivos. Para análises utilizou-se regressão logística. Resultados: A amostra foi composta predominantemente por mulheres (65%), com idade entre 70-79 anos (42%) , cor da pele autorreferida como branca (85%), com 1-5 anos de escolaridade (36%), renda de 1 a 3 salários mínimos (28%), sem sintomas depressivos (80%) e sem provável déficit cognitivo (74%). Os idosos com sintomas depressivos apresentaram 1,86 (OR:=1,85; IC95%:=1,26-2,69) mais chances de ter relato de discriminação quando comparados a seus pares. Na análise ajustada, cor de pele autorreferida não branca (OR:=1,7; IC95%:=1,10-2,85) apresentou associação a relatos de discriminação, quanto maior a idade menor foi a chance desse mesmo relato (OR:=63; IC95%:=0,46-0,87). Não foi observada associação significativa com as variáveis sexo, escolaridade, renda e provável declínio cognitivo. Conclusões: A idade e cor da pele autorreferida foram fatores associados para discriminação relatada, apontando para influência de fatores culturais. Os sintomas depressivos demonstraram associação com o desfecho, sugerindo uma possível relação de causalidade reversa, quanto aos aspectos psicológicos que podem influenciar de maneira mais significativa na discriminação.


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