11/10/2017 - 13:35 - 14:20 Vigilância e sistemas de informação em saúde |
16652 - QUALIDADE DA NOTIFICAÇÃO DO OFIDISMO (2007-2015) MARIANA BRITO GOMES DE SOUZA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, YUKARI FIGUEROA MISE - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, REJÂNE MARIA LIRA-DA-SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Objetivo: Analisar a completitude dos dados do ofidismo notificados no SINAN entre 2007-2015.
Métodos: Pesquisa tendo completitude analisada a partir do percentual de informação perdida e/ou ignorada, de acordo com escore proposto por Romero & Cunha (2006), utilizando-se IBM SPSS Statistics 22 e Excel. Selecionou-se vinte variáveis dentre categorias Dados Sociodemográficos, Procedimento Médico e Manifestações Clínicas, analisadas separadamente de acordo com ano da picada e gênero da serpente.
Resultados: De 2007-2015, foram notificados 261.123 acidentes ofídicos, 189.073 (72,4%) acidentes botrópicos, 19.659 (7,5%) acidentes crotálicos, 8.043 (3,1%) acidentes laquéticos, 1.985 (0,8%) acidentes elapídicos e 11.385 (4,4%) não-peçonhentas. Para 30.978 pacientes (11,9%), a espécie sequer foi deduzida, comprometendo diagnóstico e tratamento. A qualidade de informação perdida/ignorada manteve-se estável. Apenas a variável “Escolaridade” apresentou piora para todos os tipos de acidentes. A maioria das variáveis (90,9%) obteve qualidade do preenchimento entre excelente (>0,5%), bom (0,5%-10%) e regular (10%-20%), com exceção dos acidentes elapídicos, que sempre estavam no limiar inferior. As variáveis que não apresentaram perda foram as de preenchimento obrigatório, cuja falta de informação impossibilita a conclusão da notificação.
Conclusão: Os resultados indicaram boa qualidade do preenchimento dos dados, apesar da negligência quanto às variáveis socioeconômicas. O limiar de análise da completitude deve ser analisado com cautela, pois as porcentagens que indicam uma boa qualidade de preenchimento dos dados podem abranger um número grande de indivíduos, que resultaria em diagnóstico equivocado e tratamento incorreto.
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