11/10/2017 - 13:35 - 14:20 Vigilância e sistemas de informação em saúde |
20329 - TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA, EPIDEMIOLÓGICA E DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL RAPHAEL MENDONÇA GUIMARÃES - FIOCRUZ, PEDRO GOMES ANDRADE - UNICAMP, ANA CAMILA RIBEIRO PEREIRA - UNICAMP, KARINA CARDOSO MEIRA - UFRN
Objetivo: descrever o processo de transição demográfica e epidemiológica no Brasil e suas diferentes etapas nos estados brasileiros. Métodos: Obteve-se os dados censitários de mortalidade no Brasil dos anos censitários de 1991, 2000 e 2010 para grandes grupos de causa: doenças infecciosas e parasitárias; e doenças cardiovasculares, cânceres e doenças pulmonares obstrutivas crônicas. Além disso, para caracterizar os estágios da transição demográfica, calculou-se as taxas de natalidade e mortalidade geral dos estados brasileiros. Resultados: Pode-se perceber que os estados se dispersam entre quatro quadrantes. Quatro grupos foram definidos, com relação à mortalidade e natalidade: Grupo 1, com altas taxas de natalidade e mortalidade; grupo 2, como alta taxa de natalidade e baixa taxa de mortalidade; grupo 3, com baixas taxas de natalidade e mortalidade; e o grupo 4, como baixa taxa de natalidade e alta taxa de mortalidade. De forma análoga, quando observados seus coeficientes de mortalidade proporcional por DIP e DCNT, há 4 grupos: o grupo 1 com alto coeficiente por DIP e baixo coeficiente por DCNT; o grupo 2 com altos coeficientes por DIP e por DCNT; o grupo 3 apresenta coeficientes baixos por DIP e alto por DCNT; e, por fim, o grupo 4, com baixos coeficientes por DIP e DCNT. É possível observar, na dispersão, polaridade epidemiológica presente no Brasil. Conclusão: As evidências sugerem que há iniquidades sociais que marcam profundamente os processos de transição nos estados, que devem ser considerados quando da proposição de políticas públicas no país.
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