11/10/2017 - 13:35 - 14:20 Epidemiologia da saúde mental e uso de drogas |
18935 - USO DE DROGAS ILÍCITAS ENTRE CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS EM SITUAÇÃO DE RUA PATRICE DE SOUZA TAVARES - UFPEL, LAURO MIRANDA DEMENECH - FURG, MARINA XAVIER CARPENA - UFPEL, SIMONE DOS SANTOS PALUDO - FURG, LUCAS NEIVA-SILVA - FURG
Objetivo: Investigar o uso de drogas ilícitas entre crianças, adolescentes e jovens em situação de rua. Método: Estudo transversal, com amostragem Respondent-Driven Sampling (RDS), método adequado em pesquisas com populações de difícil acesso. A amostra foi composta de 307 indivíduos, com idade média de 16,39 anos (DP=3,17). Foi conduzida análise descritiva e bivariada (qui-quadrado), adotando nível de significância de 5%. Resultados: A maioria dos participantes eram meninos (81,1%), sem vínculos com a família (52,1%) e com a escola (53,1%). A prevalência do uso de drogas ilícitas foi de 71,3%. Esta ocorrência foi maior conforme aumento de idade, sendo 96,7% entre aqueles com idades entre 18 e 21 anos (p<0,001). A prevalência também foi elevada entre aqueles que não moravam com a família (93,1%) e sem vínculo escolar (91,1%) (p<0,001). Experimentar drogas ilícitas apresentou forte associação positiva com horas que passa na rua e ao tempo de rua, chegando às prevalências do desfecho de 93,6% entre aqueles que passam 15 horas ou mais na rua e 93,8% entre os que estavam em situação de rua há 10 anos ou mais (p<0,001). Conclusão: Os achados corroboram com evidências que indicam que o vínculo familiar e escolar podem ser fatores protetores para uso de drogas. Também apontam que estar mais tempo expostos a situação de rua, tanto em relação as horas, quanto pelos anos em que o sujeito vive esta situação, é fator associado a maior prevalência do desfecho, possivelmente porque aumentem o número de oportunidades para experimentar drogas.
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