11/10/2017 - 13:35 - 14:20 Doenças crônicas e atividade física |
17009 - SIMULTANEIDADE DE COMPORTAMENTOS DE RISCO À SAÚDE NA POPULAÇÃO BRASILEIRA PALOMA CECÍLIA QUEIROZ FERREIRA - FANUT-UFMT, ANA PAULA MURARO - FANUT-UFMT, ANA PAULA PEREIRA DUARTE - FANUT-UFMT, NAIARA FERRAZ MOREIRA - FCS-UFGD, MÁRCIA GONÇALVES FERREIRA - FANUT-UFMT, PAULO ROGÉRIO MELO RODRIGUES - FANUT-UFMT
Objetivo: Estimar a ocorrência simultânea de comportamentos de risco a saúde e fatores associados na população brasileira.
Métodos: Estudo transversal, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, inquérito de base domiciliar com representatividade nacional, realizado em 2013 no Brasil. Os comportamentos avaliados foram: tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, inatividade física, sedentarismo e consumo inadequado de frutas, legumes e verduras. As variáveis independentes foram: sexo, idade e escolaridade. Nas estimativas considerou-se a amostragem complexa e o efeito do desenho do estudo.
Resultados: Foram avaliados 60.202 indivíduos, sendo a maioria do sexo feminino (52,9%), na faixa etária de 40 a 59 anos (34,2%) e sem instrução/fundamental incompleto (38,9%). Observou-se que 14,1% não apresentou nenhum comportamento, 35,5% apresentou apenas um, 32,7% apresentou dois e 17,8% apresentou três ou mais comportamentos simultaneamente. Os homens apresentaram maior ocorrência simultânea de três ou mais comportamentos (21,3 vs 14,7%; p<0,01) comparados às mulheres, as quais apresentaram maior frequência de ocorrência de nenhum comportamento (14,6 vs 13,5%; p=0,03). A ocorrência de nenhum comportamento de risco foi inversamente associada à idade (18-24 anos: 16,9% vs ≥60 anos: 11,5%, p<0,01). O aumento da escolaridade foi diretamente associado à ocorrência de nenhum comportamento (valor de p de tendência linear: <0,01) e inversamente associado à ocorrência de três ou mais comportamentos (valor de p de tendência linear: <0,01).
Conclusão: A simultaneidade dos comportamentos de risco foi elevada, sendo identificados subgrupos da população mais vulneráveis e que devem ser priorizados em programas de promoção da saúde.
|