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09/10/2017 - 08:30 - 09:50
Saúde da mulher e da criança: a gestação

16304 - FATORES ASSOCIADOS À GRAVIDEZ NÃO INTENCIONAL NO BRASIL: RESULTADOS DA PESQUISA NASCER NO BRASIL, 2011/2012
MÁRCIA LEONARDI BALDISSEROTTO - ENSP/FIOCRUZ, MARIZA MIRANDA THEME FILHA - ENSP/FIOCRUZ, ANA CLAUDIA AMARAL - ENSP/FIOCRUZ, SUSAN AYRES - LONDON UNIVERSITY


Gravidez não intencional é um grave problema de saúde pública no Brasil, pois pode acarretar em consequências negativas para a saúde da mãe e do bebê. O objetivo deste trabalho foi analisar a prevalência e a associação entre a intencionalidade da gestação e variáveis sociodemográficas, individuais e antecedentes obstétricos. Método: Pesquisa Nascer no Brasil é um estudo seccional com representatividade nacional, que entrevistou 23.894 puérperas. Informação sobre intencionalidade da gravidez foi obtida na maternidade e classificada em: queria engravidar, queria esperar mais tempo e não queria engravidar. A associação entre variáveis independentes e desfecho foi testada através do modelo de regressão multinomial (GLM), obtendo-se razão de chances (OR). Resultados: A prevalência de gravidez não intencional foi 55,4%. Associou-se com querer esperar mais tempo para engravidar: ter menos de 20 anos (OR = 1,89, IC 21 95%: 1,68–2,14); cor da pele parda (OR = 1,15, IC 95%: 1,04–1,27); sem companheiro (OR = 2,32, IC 95%: 1,99–2,71); sem trabalho remunerado (OR = 1,15, IC 95%: 1,04–1,27); abuso de bebidas alcoólicas (OR = 1,25, IC 95%: 1,04–1,50), ter três ou mais filhos (OR = 2,01, IC 25 95%: 1,63–2,47). Mulheres com complicações em gestações anteriores ou parto prematuro apresentaram chance 40% e 19% maior, respectivamente, de terem gravidezes não intencionais. Conclusão: O estudo confirmou a importância dos fatores socioeconômicos e individuais na intencionalidade da gravidez. Além disso, trouxe conhecimento novo sobre a importância dos antecedentes obstétricos como fatores de risco para a gravidez não intencional.


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