09/10/2017 - 08:30 - 09:50 Sífilis congênita 1 |
20445 - FATORES ASSOCIADOS AO DESFECHO GESTACIONAL ADVERSO EM MULHERES COM SÍFILIS ÍTALA THAISE AGUIAR HOLANDA - UECE, THAYS BEZERRA BRASIL - UECE, RAQUEL SAMPAIO FLORÊNCIO - UECE, ELZO PEREIRA PINTO JUNIOR - ISC/UFBA, RHAINE BORGES SANTOS PEDREIRA - UESB, FRANCISCO JOSÉ MAIA PINTO - UECE, JULIANA PESSOA COSTA - UECE
Objetivo: Identificar os fatores associados ao desfecho gestacional adverso em mulheres com sífilis.
Método: Estudo transversal, cujas participantes foram 250 mulheres grávidas com diagnóstico de sífilis atendidas em três maternidades públicas de Fortaleza-Ceará-Brasil. A fonte de informação foram fichas de notificação epidemiológica de sífilis congênita e o cartão de pré-natal da gestante. Considerou-se desfecho gestacional adverso episódios de abortos, natimortos ou óbitos neonatais. Para a análise dos dados, utilizou-se a regressão logística, por meio do método stepwise backward. Após a regressão logística, foi realizada transformação da Odds Ratio (OR) em Razão de Prevalência (RP) através do método delta, com padronização condicional.
Resultados: O desfecho gestacional adverso apresentou prevalência de 29,2%, 34,8% não realizaram pré-natal e 56,0% não receberam o diagnóstico da sífilis durante o pré-natal. No modelo multivariado, a não realização do pré-natal aumentou em 2,54 vezes a prevalência de desfechos gestacionais adversos (RP=2,54; IC95%: 1,74 - 3,70) e não receber o diagnóstico da sífilis durante o pré-natal aumentou em 4,71 vezes a prevalência de desfechos gestacionais adversos (RP=4,71; IC95%:2,61 - 8,48).
Conclusão: Foi observada alta prevalência de desfechos gestacionais adversos em mulheres com sífilis, estando associados a não realização do pré-natal e ao não diagnóstico da sífilis durante o acompanhamento pré-natal.
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