09/10/2017 - 08:30 - 09:50 Violência no trânsito e agressões |
18443 - TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR ACIDENTES DE TRÂNSITO NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO SEGUNDO A LEI SECA GLEICE MARGARETE DE SOUZA CONCEIÇÃO - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, GIZELTON PEREIRA ALENCAR - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Objetivos: Avaliar a tendência da mortalidade por acidentes de transito (AT) no Município de São Paulo, no período de 2005 a 2015, segundo o meio de transporte da vítima, e avaliar se houve mudança nessa tendência após a implementação da Lei Seca (Lei 11705, de 2008) e da Nova Lei Seca (Lei 12760, de 2012).
Métodos: Informações sobre os óbitos por AT foram obtidas do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no Município de São Paulo (PRO-AIM). Os óbitos foram classificados segundo a CID-10 em uma das quatro categorias, denominadas “tipo de acidente”: 1-Todos, 2-Pedestre, 3-Motociclista e 4-Ocupante de veículo.
Foram ajustados modelos de regressão segmentada, com resposta binomial negativa, com dois pontos de inflexão para acomodar possíveis mudanças de tendência por ocasião da Lei Seca e da Nova Lei Seca.
Resultados: Foram observadas quedas nas taxas de mortalidade compatíveis a Lei Seca. Houve um aumento de 7.7% ao ano (p<0.01) nas taxas até 2007, seguido de queda de 9.8% ao ano (p<0.01) de 2009 a 2012, e queda mais acentuada de 14.4% ao ano (p<0.01) de 2013 a 2015. Considerando o tipo de acidente, apenas mudanças nas tendências por ocasião da Nova Lei Seca foram significativas. Pedestres e motociclistas tiveram redução das taxas de 9.4% ao ano após a nova lei.
Conclusões: A proibição da ingestão de álcool por condutores de veículo está associada a uma redução no número de óbitos por AT no município de São Paulo.
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