09/10/2017 - 16:50 - 18:10 Farmacoepidemiologia |
18093 - FATORES ASSOCIADOS AO USO INAPROPRIADO DE MEDICAMENTOS NO BRASIL: INQUÉRITO POPULACIONAL VERA LUCIA LUIZA - NAF/ENSP/FIOCRUZ, LUIZ VILLARINHO PEREIRA MENDES - NAF/ENSP/FIOCRUZ, NOEMIA URRUTH LEÃO TAVARES - FCS/UNB, ANDRÉIA TURMINA FONTANELLA - FM/UFRGS, MARIA AUXILIADORA OLIVEIRA - NAF/ENSP/FIOCRUZ, MÔNICA RODRIGUES CAMPOS - DCS/ENSP/FIOCRUZ, ANDREA DÂMASO BERTOLDI - UFPEL
Objetivo: Descrever o uso inapropriado de medicamentos na população urbana brasileira e identificar fatores associados.
Método: Utilizou-se os dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), e foram analisados indivíduos com 20 anos ou mais, com doença crônica, indicação de tratamento farmacológico e usuários de medicamentos (N = 12.283). Estimou-se a prevalência de uso inapropriado nos domínios: não adesão, comportamento inadequado de uso, e cuidado inadequado com os medicamentos, verificados nos seguintes grupos de variáveis independentes: características demográficas e socioeconômicas, cuidado em saúde e farmacêutico, situação de saúde e uso de medicamentos. As razões de prevalência brutas e ajustadas foram obtidas através de regressão de Poisson robusta. A significância estatística das razões de prevalências foi avaliada pelo teste de Wald.
Resultados: A prevalência de uso inapropriado foi de 46,1%, sendo a redução de doses (19,8%) e a indicação por outrem que não médico ou dentista (34,3%), responsáveis pelas maiores prevalências. Após a realização da regressão de Poisson identificou-se o seguinte perfil para o uso inapropriado: mulheres, idade de 20 a 39 anos, moradores da região Nordeste, que não têm acesso gratuito a medicamentos, que visitaram a emergência duas ou mais vezes no último ano e usuários de 5 ou mais medicamentos.
Conclusões: Houve alta prevalência de uso inapropriado, que se mostrou associada tanto a características dos indivíduos, apontando prioridades para educação em saúde, quanto do sistema de saúde, apontando prioridades para intervenções públicas.
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