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09/10/2017 - 16:50 - 18:10 Farmacoepidemiologia |
18141 - USO DE BENZODIAZEPÍNICOS PELA POPULAÇÃO URBANA BRASILEIRA – RESULTADOS DA PNAUM 2014 ANDRÉIA - UFRGS, ROGÉRIO BOFF BORGES - UFRGS, SOTERO SERRATE MENGUE - UFRGS, LUIZ ROBERTO RAMOS - UNIFESP, GABRIELA ARANTES WAGNER - FCMSCSP
Objetivos: Descrever o uso de benzodiazepínicos (BDZ) pela população urbana brasileira. Métodos: Utilizou-se os dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil (PNAUM), um estudo transversal, de base populacional, com amostra probabilística (n = 41.433) e representatividade nacional. Foram exploradas as características sociodemográficas quanto ao autorrelato de uso de BDZ em sujeitos com idade ≥ 20 anos (n = 32.348). Resultados: 4,9% (4,5%-5,4%) da população pesquisada relatou o uso de BDZ, o sexo masculino teve uma prevalência de 2,9% (2,5%-3,4%) e o feminino 6,6% (6,0%-7,3%). Quanto maior a idade, maior o consumo, indo de 2,0% (1,6%-2,5%) na faixa etária de 20 a 39 anos até 9,8% (8,8%-11,0%) em pessoas maiores do que 60 anos. A classe de consumo que mais utiliza benzodiazepínicos é a D/E [6,3% (5,5%-7,4%)]. Aqueles que faziam polifarmácia, com 5 ou mais medicamentos, relataram maior prevalência de uso [25,0%(22,6%-27,6%)]. Dentre aqueles em uso de benzodiazepínicos, 55,4% (51,0%-59,7%) o fizeram para o tratamento de doenças crônicas, enquanto 45,9% (41,6%-50,2%) para o tratamento de doenças agudas. Quanto à classe de fármacos, os BDZ representaram 38,1% (36,2%-40,1%) dos psicofármacos utilizados, o Clonazepam foi o mais frequente [45,4% (41,9%-49,0%)], seguido pelo Diazepam [24,0% (20,7%-27,6%)], Bromazepam [10,7% (8,2%-13,9%)] e Alprazolam [10,2% (8,3%-12,7%)]. Conclusões: Apesar de potencialmente contraindicados para idosos esses, juntamente com mulheres, portadores de doenças crônicas e usuários de polifarmácia, figuram entre os maiores usuários de BDZ no Brasil; sendo o Clonazepam, o psicofármaco com maior frequência de consumo da classe.
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