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Comunicações Coordenadas

09/10/2017 - 16:50 - 18:10
Saúde mental e experiências adversas na infância e adolescência

16698 - TRANSTORNOS MENTAIS E FUNÇÕES EXECUTIVAS AOS 11 ANOS: COORTE NASCIMENTOS DE PELOTAS DE 2004
ALICIA MATIJASEVICH - DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, TIAGO N. MUNHOZ - FACULDADE DE PSICOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, ALUÍSIO J. D. BARROS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, FERNANDO C. BARROS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E COMPORTAMENTO, UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS, INÁ S. SANTOS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS


Objetivos: As funções executivas são processos cognitivos ligados ao córtex pré-frontal que regulam funções de comportamento e pensamento. O presente estudo teve como objetivo avaliar a associação entre problemas de saúde mental e funções executivas aos 11 anos.

Métodos: No ano de 2004 todos os nascidos vivos na cidade de Pelotas, RS, foram avaliados ao nascimento (n=4231). Aos 11 anos, 3.563 foram acompanhados. A saúde mental (exposição) foi avaliada com o instrumento Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ) e as funções executivas (desfecho) com o TEA-Ch (Test of Everyday Attention for Children). Os resultados do SDQ foram categorizados em SDQ normal (0-13), limítrofe (14-16) e em risco (17-40). Os resultados do TEA-Ch foram estandardizados e avaliados de forma contínua, realizando-se regressão linear bruta e ajustada para fatores de confusão.

Resultados: Dos 3.466 indivíduos analisados (82% da coorte), considerando o score total do SDQ, 79,0% apresentou SDQ normal, 7,5% limítrofe e 13,5% em risco. Observou-se comprometimento (maior tempo de reação) das funções executivas ligadas à atenção (atenção seletiva, atenção dividida e controle da atenção) nos adolescentes com SDQ limítrofe e alterado, quando comparados com aqueles com SDQ normal. Esse padrão foi observado para o escore total, bem como para todas as subescalas de problemas emocionais, de conduta, déficit de atenção e hiperatividade e problemas de relacionamento com os colegas, tanto na análise bruta como ajustada.

Conclusões: As funções executivas estiveram afetadas nos adolescentes com problemas de saúde mental.


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