10/10/2017 - 08:30 - 09:50 Epidemiologia do câncer |
16713 - SOBREVIVÊNCIA 5 ANOS APÓS O DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE PULMÃO TAUANA PRESTES SCHMIDT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, LEANDRO PEREIRA GARCIA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE FLORIANÓPOLIS, JEFFERSON TRAEBERT - UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA, IONE JAYCE CEOLA SCHNEIDER - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Objetivo: Estima a probabilidade de sobrevivência em 5 anos de pessoas diagnosticadas com câncer de pulmão, no ano de 2008, em Florianópolis.
Métodos: A partir do relacionamento probabilístico dos dados do Sistema Brasileiro de Informação sobre Mortalidade e dos Registros de Câncer de Base Populacional de Florianópolis, utilizando o software OpenRecLink, foi possível a criação de uma coorte histórica para estimação da sobrevivência pelo método de Kaplan-Meier. Também foi estimado o risco de óbitos pela Regressão de Cox. As análises foram realizadas no Stata SE 11.0.
Resultados: Foram diagnosticados 89 casos de câncer de pulmão e destes, 76,4% (IC95%:66,3-84,2) foram a óbito em 5 anos. O sexo masculino representou 58,4% (IC95%:47,8-68,4) dos casos, a distribuição por faixa etária foi semelhante, 30,3% (IC95%:21,5-40,8) tinham companheiro, 30,3% (IC95%:21,5-40,8) tinham nível fundamental de escolaridade, e 43,8% (IC95%:33,7-54,4) dos casos eram localizados. A probabilidade de sobrevivência geral aos 3 meses foi de 75% (IC95%:62,0-84,1), em 9 meses, 50% (IC95%:35,3-60,2), e em 16 meses, 25% (IC95%:14,9-36,4). O risco de óbito não foi influenciado pelos fatores de risco analisados.
Conclusões: A probabilidade de sobrevida do câncer de pulmão ainda é baixa e o risco de morte é maior nos primeiros meses após o diagnóstico. Os fatores analisados não interferem na sobrevida, porém, trata-se de uma neoplasia que o principal fator de risco é o tabagismo, e pode-se reduzir sua incidência com monitoramento e fortalecimento das políticas públicas.
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