10/10/2017 - 08:30 - 09:50
Saúde ambiental 2 |
18186 - MP2,5 E ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDOS NA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO
GUSTAVO DOS SANTOS SOUZA - MINISTÉRIO DA SAÚDE, FÁBIO DAVID VASCONCELOS REIS - MINISTÉRIO DA SAÚDE, YSABELY DE AGUIAR PONTES PAMPLONA - MINISTÉRIO DA SAÚDE, DANIEL COBUCCI DE OLIVEIRA - MINISTÉRIO DA SAÚDE
Objetivo: Estimar o total de anos potenciais de vida perdidos (APVP) relacionados à exposição de longo prazo por material particulado fino (MP2,5) no ar da região metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ).
Métodos: Este estudo utilizou a metodologia de avaliação da carga de doença ambiental proposta pela OMS, considerando dois cenários de exposição ao MP2,5. A função concentração-resposta adotada fundamenta-se na literatura epidemiológica. Os APVP foram calculados para toda a população da RMRJ com base no ano de 2003. A concentração média de MP10 foi estimada das médias anuais representativas para o período 2003-2013. Utilizou-se o fator de conversão de 0,6 para estimar o MP2,5 a partir do MP10. Os dados ambientais foram obtidos no sítio oficial do órgão ambiental do Rio de Janeiro (INEA) e as informações de mortalidade e demográficas no Departamento de Informática do SUS e IBGE, respectivamente.
Resultados: A taxa de mortalidade geral na RMRJ em 2003 foi de 667/100.000 habitantes. A concentração média de MP2,5 foi de 26,9 µg/m3. Em dez anos, estimou-se o total de 333.544,4 (IC95%: 220.412,3-436.595,1) APVP. Aproximadamente um terço deste valor, 115.872,4 (IC95%: 76.823,6-151.217,5), foi observado no grupo de 0 a 64 anos. 45,2 anos remanescentes de vida foram estimados para um adulto com 30 anos. Caso a concentração média fosse de 10 µg/m3, exposição-base, haveria um ganho de 1,33 anos na esperança de vida aos 30 anos.
Conclusão: Políticas públicas de qualidade do ar devem ser consideradas para redução dos APVP e melhoria dos níveis de saúde de uma população.
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