10/10/2017 - 08:30 - 09:50 Saúde da criança |
19685 - TENDÊNCIA TEMPORAL DAS INTERNAÇÕES INFANTIS POR CAUSAS EVITÁVEIS NO BRASIL ELZO PEREIRA PINTO JUNIOR - ISC/UFBA, ROSANA AQUINO - ISC/UFBA, INÊS DOURADO - ISC/UFBA, LÍLLIAN DE QUEIROZ COSTA - PPSAC/UECE, MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA - PPSAC/UECE
Objetivo: analisar a tendência temporal das taxas de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária (ICSAP) em menores de 1 ano, e dos componentes neonatal e pós-neonatal, no Brasil, 2000-2015.
Métodos: estudo ecológico de série temporal, com dados secundários do Sistema de Informação Hospitalar (SIH) do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram calculadas as taxas de ICSAP, por 1.000 Nascidos Vivos (NV). As taxas foram descritas ano a ano e utilizou-se a regressão linear generalizada de Prais-Winsten e o percentual de mudança anual (Anual Percent Change -APC) para analisar a tendência temporal das internações.
Resultados: De 2000 a 2015, foram registradas 3.138.540 ICSAP em crianças menores de 1 ano. Observou-se redução da taxa de 72,7/1.000 NV a 48,14/1.000 NV no período (APC=-7,4%; IC95%: -10,9; -3,8). Porém com aumento da taxa entre neonatos (APC=6,4%; IC95%:3,1; 9,7) e diminuição no componente pós-neonatal (APC= -8,9%; IC95%: -12,5; -5,2). As gastroenterites infecciosas (39,2%) representaram a causa mais importante de ICSAP nos menores de 1 ano. Entre os neonatos, as doenças relacionadas ao pré-natal e parto foram as responsáveis pela maior proporção de internações (29,5%) e tiveram tendência de aumento no período (APC=24,0%; IC95% 11,0 – 38,5), enquanto entre os pós-neonatos, as gastroenterites tiveram maior magnitude (41,1%), apesar de seu comportamento de redução (APC=-22,6%; IC95%: -25,6; -19,5).
Conclusões: Foram observadas diferenças nas tendências e nas causas de ICSAP nos neonatos e pós-neonatos. Tais achados podem refletir a influência de determinantes específicos no risco de internar em cada um dos subcomponentes etários.
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