10/10/2017 - 08:30 - 09:50 Saúde da criança: amamentação e alimentação |
16750 - INTRODUÇÃO PRECOCE DE LEITE NÃO MATERNO NA ALIMENTAÇÃO INFANTIL: ESTUDO DE COORTE PROSPECTIVA MARIA ANTONIETA B L CARVALHAES - UNESP, MAIARA APARECIDA MIALICH - UNESP, SINARA LAURINI ROSSATO - UNESP, ANNA FERRARI - UNESP, VERA LÚCIA PAMPLONA TONETE - UNESP, CRISTINA MARIA GARCIA DE LIMA PARADA - UNESP
Objetivo
Identificar determinantes da introdução precoce de leite não materno na alimentação infantil.
Métodos
Estudo prospectivo com 656 lactentes nascidos entre junho/2015 e janeiro/2016. A captação foi realizada diariamente em serviço público neonatal, com cobertura populacional de 80%. A idade de introdução de leite não materno foi investigada por entrevista na captação e aos dois, três, quatro e seis meses de idade. Determinantes da introdução de leite não materno antes de dois, entre dois e quatro e entre quatro e seis meses de idade foram investigados utilizando-se modelos de regressão de Cox, com análise multivariada hierarquizada.
Resultados
Completaram o seguimento 595 lactentes; 80,5% destes tiveram leite não materno introduzido em sua dieta, sendo 90 dias a idade mediana. Nascer por cesárea foi fator de risco independente para a introdução de leite não materno antes de dois meses (HR= 1,42, IC95%=1,06-1,96). Ter mãe não branca e não orientada no pré-natal aumentaram em 1,55 (IC95%=1,12-2,14) e 1,66 (IC95%=1,12-2,47) a probabilidade de introdução de leite não materno entre dois e quatro meses de idade. O trabalho materno multiplicou por 2,42 a probabilidade de introdução de leite não materno entre quatro e seis meses.
Conclusões
Cesárea e falta de orientações no pré-natal, fatores modificáveis por ações de saúde, aumentam a probabilidade da introdução antes de dois e entre dois e quatro meses de leite não materno. Licença maternidade até seis meses poderá influir positivamente na saúde infantil reduzindo a probabilidade de oferta de leite não materno entre quatro e seis meses.
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