10/10/2017 - 08:30 - 09:50 Sífilis congênita 2 |
20540 - EVOLUÇÃO TEMPORAL E CARACTERIZAÇÃO DE SÍFILIS EM GESTANTES, MINAS GERAIS, 2007 A 2015. PATRÍCIA IOLANDA COELHO ALVES - UFTM, LÚCIA MARINA SCATENA - UFTM, VANDERLEI JOSÉ HASS - UFTM, SYBELLE DE SOUZA CASTRO - UFMT
Introdução: A sífilis apesar de ser evitável e fácil diagnóstico é considerada um problema de saúde pública devido à alta transmissibilidade e complicações1,2. Objetivos: avaliar os casos notificados de sífilis em gestantes (SG) do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de Minas Gerais (MG) entre 2007 e 2015; calcular a taxa de detecção de SG e avaliar a evolução temporal. Metodologia: estudo quantitativo, de análise de série temporal, com banco de dados do SINAN, referentes aos casos de SG notificados em MG entre 2007 e 2015. Utilizou-se estatística descritiva, realizou-se o cálculo da taxa de detecção de SG e modelo de regressão polinomial para análise de tendência temporal. No período houve 8.477 casos. A partir de 2011, a taxa de detecção aumentou, chegando a 5,48 casos/1.000 nascidos vivos em 2015, um aumento de 17,14% em relação à incidência média do período. Houve predomínio de gestantes jovens, 20 a 39 anos (71,4%), cor de pele parda (40,6%) e com ensino fundamental incompleto (45,9%). Os casos foram notificados em sua maioria no 3° trimestre de gestação (43,6%), com classificação clínica primária (35,0%). A adesão do parceiro ao tratamento foi baixa (22,0%). A série temporal apresentou uma tendência crescente (p<0,05) de 0,99 casos ao ano de SG a partir de 2008. Conclusão: O número de casos notificados para SG ainda é crescente e tende a aumentar, sugerindo que há uma necessidade de melhoria na assistência à gestante, além de reforçar ações de saúde ofertando capacitação aos profissionais de saúde.
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