10/10/2017 - 08:30 - 09:50 Sífilis congênita 2 |
20592 - DIFERENCIAIS DA SÍFILIS CONGÊNITA E DA SÍFILIS EM GESTANTES NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO GILSON JÁCOME DOS REIS - ENSP/FIOCRUZ, CHRISTOVAM BARCELLOS - ICICT/FIOCRUZ, MARCEL DE MORAES PEDROSO - ICICT/FIOCRUZ
Objetivos: Caracterizar os casos notificados de sífilis congênita (SC) e de sífilis em gestantes (SG), no período de 2011 a 2014, no Município do Rio de Janeiro, e analisar possíveis associações entre a morbidade por SC e SG, e as condições de vida (incluindo a utilização de serviços de saúde) das populações residentes dos bairros da cidade.
Métodos: Os casos de SC e SG foram caracterizados, de acordo com variáveis biológicas, socioeconômicas e de utilização de serviços de saúde. No nível agregado (bairros), utilizou-se a árvore de regressão como técnica de análise de dados, tendo a taxa de incidência média (2011-2014) de SC e SG enquanto variáveis dependentes, e indicadores relativos à qualidade habitacional, educação, renda, gravidez na adolescência, densidade de pobres, acesso a assistência pré-natal e cor da pele, como variáveis independentes. Houve mapeamento das variáveis dependentes para identificação de padrões espaciais. Utilizaram-se dados do SINAN, SINASC e IBGE.
Resultados: Foram notificados 6.274 casos de SC e 8.276 casos de SG, que se distribuem preponderantemente na zona central, norte suburbana e oeste da cidade, com elevada proporção de casos com baixa escolaridade e de cor da pele negra. Observaram-se falhas dos serviços de saúde na resposta à transmissão vertical da sífilis. No nível agregado, a variável mais relevante para explicação dos problemas foi a baixa proporção de gestantes que frequentaram, no mínimo, 7 consultas de assistência pré-natal.
Conclusões: Para que a resposta à transmissão vertical da sífilis seja aprimorada, sugere-se que a mesma seja pautada pelo princípio da integralidade.
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