10/10/2017 - 16:50 - 18:10 Epidemiologia da criança e do adolescente |
17726 - AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA IODAÇÃO DO SAL: UM ESTUDO ENTRE ESCOLARES NO BRASIL JURACI ALMEIDA CESAR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE (FURG), INA DA SILVA DOS SANTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL), MARIA AURORA DROPA CHRESTANI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL), GUILHERME HECK MITCHELLS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL), FÁBIO ANDREI DUARTE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM)
Objetivos: Avaliar o Impacto da Iodação do Sal entre escolares com idade entre 6 e 14 nos em todo o Brasil.
Métodos: Realizou-se inquérito entre escolares provenientes de colégios públicos e particulares dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. Municípios, escolas e alunos foram selecionados por amostragem aleatória. Os alunos foram entrevistados na escola por entrevistadores previamente treinados utilizando-se questionário padrão. Foram investigadas características demográficas e educacionais e coletada de amostras de urina destes escolares. As análises foram ponderadas por unidade da federação. Descreveu-se o estado nutricional em iodo conforme os pontos de corte definidos pela Organização Mundial de Saúde para a concentração de iodo na urina de toda a amostra, por região e pelos estados da federação e Distrito Federal.
Resultados: Ao todo foram visitados 477 municípios, sendo incluídos na análise 18.978 escolares (9.461 provenientes de escolas públicas municipais, 7.964 de escolas públicas estaduais e 1.553 de escolas particulares). Cerca de três quartos (72,7%) dos escolares eram provenientes de escolas localizadas em área urbana. Apenas 9,3% das escolas eram particulares. A mediana da iodúria dos escolares brasileiros foi de 276,75 µg/L (percentil 25=175,54 µg/L e percentil 75=399,71 µg/L). No Brasil como um todo, a prevalência de déficit leve, moderado e grave foi de 6,9%, 2,3% e 0,5%, respectivamente. Pouco mais de um quinto dos escolares (20,4%) apresentavam nutrição adequada (100-199 µg/L de iodúria), enquanto que mais de dois terços (69,8%) apresentavam aporte nutricional acima do adequado (25,2% tinham iodúria entre 200-299 µg/L e 44,6%, iodúria ≥ 300 µg/L).
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