10/10/2017 - 16:50 - 18:10 Epidemiologia do HIV/AIDS 1 |
19826 - TENDENCIA NAS MODIFICAÇÕES DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL ENTRE 2001-2010 LETÍCIA PENNA BRAGA - CENTRO DE TREINAMENTO E REFERÊNCIA EM DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS ORESTES DINIZ, PREFEITURA DE BELO HORIZONTE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, CÁSSIA CRISTINA PINTO MENDICINO - DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA SOCIAL, FACULDADE DE FARMÁCIA,UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, BRASIL, CRISTIANE APARECIDA MENEZES DE PÁDUA - DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA SOCIAL, FACULDADE DE FARMÁCIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, BRASIL
Objetivo:
Descrever a tendência e os motivos de modificações da terapia antirretroviral (TARV) entre pessoas com HIV/aids.
Métodos:
Coorte histórica conduzida nos três principais centros de referência para atendimento de pessoas com HIV/aids (n=247) em Belo Horizonte, MG. Critérios de inclusão: idade ≥ 18 anos, início de primeira TARV entre 2001-2005, acompanhamento entre um e cinco anos. Foi considerada modificação qualquer substituição de medicamentos na TARV, desconsiderando ajustes de dose. Teste qui-quadrado de tendência linear foi utilizado para identificar tendências nas taxas incidência de modificações da TARV de acordo com a duração do tratamento.
Resultados: A média de tempo de acompanhamento foi de 45,2 (±13,4) meses. Ocorreram 187 modificações da TARV entre 119 pacientes, sendo que 68 apresentaram uma modificação e apenas um modificou a TARV cinco vezes. O esquema mais prescrito foi zidovudina+lamivudina+efavirenz (AZT+3TC+EFV), sendo o AZT o medicamento mais substituído, sendo as reações adversas o principal motivo de modificação da TARV. A taxa de incidência de modificações da TARV apresentou tendência linear de diminuição do risco de modificação da TARV com o aumento do tempo de acompanhamento, do primeiro ao quinto ano (2,33; 1,33; 1,30; 2,20 e 1,62/100 pessoas-mês,p<0,001).
Conclusão: Apesar do aumento de antirretrovirais disponíveis para tratamento do HIV/aids, as modificações da TARV apresentaram tendência decrescente ao longo do acompanhamento. Assim, é importante avaliar a efetividade dos tratamentos e discutir barreiras de acesso ao tratamento e ao serviço de saúde.
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