10/10/2017 - 16:50 - 18:10 Leishmaniose, esquistossomose e febre maculosa |
19030 - AVALIAÇÃO DA CARGA DE LEISHMANIOSE VISCERAL NO BRASIL EM 2000 E 2015 VALDELAINE ETELVINA MIRANDA DE ARAÚJO - MINISTÉRIO DA SAÚDE/SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, JULIANA MARIA TRINDADE BEZERRA - LABORATÓRIO DE EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS, DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, MARIÂNGELA CARNEIRO - LABORATÓRIO DE EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS, DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, FATIMA MARINHO - MINISTÉRIO DA SAÚDE/SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Objetivo: Avaliar a carga de LV no Brasil e seus estados entre 2000 e 2015. Método: Estudo descritivo da carga de LV a partir de indicadores do estudo sobre carga global de doenças-2015 (“Global Burden of Disease Study-2015”): taxas de mortalidade; anos de vida perdidos por mortalidade prematura (YLLs: years of life lost); anos vividos com incapacidade (YLDs: years lived with disability); anos de vida perdidos por morte ou incapacidade devido à LV (DALYs: disability-adjusted life-years = YLL+YLD). Resultados: Os indicadores avaliados apresentaram resultados semelhantes em 2000 e 2015. Em 2015, a taxa de mortalidade por LV foi 0,24/100.000 (intervalo de incerteza 95%: 0,20-0,30); YLLs 11,06/100.000 (8,87-14,06); YLDs 0,05/100.000 (0,03-0,08); DALYs 11,10/100.000 (8,92-14,10). As crianças <1 ano (1,52/100.000) apresentaram as maiores taxas de mortalidade. O “ranking” de DALYs/100.000 dos estados, variando da 1ª (melhor) à 27ª (pior) posição, segundo regiões foi o seguinte: Norte (Tocantins-27ª posição: 71,4; Amazonas-21ª: 14,1), Nordeste (Piauí-26ª: 28,8; Ceará-25ª: 19,6; Maranhão-24ª: 17,1), Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul-22ª: 14,6); Sudeste (Minas Gerais-23ª: 14,7). A taxa de incidência de LV, padronizada por idade, é baixa no Brasil, Paraguai e Argentina (<1,0/100.000), mas a perda de anos de vida por morte ou incapacidade (DALYs) foi 262 e 1049 vezes maior no Brasil, respectivamente, impactada pela morte prematura por LV. Conclusões: No Brasil, as taxas de incidência e mortalidade por LV são baixas, mas a letalidade é elevada. Apesar da disponibilidade diagnóstica e terapêutica e de programa para controle da transmissão do protozoário, a carga de LV não foi reduzida.
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