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10/10/2017 - 16:50 - 18:10
Saúde do trabalhador 1

18612 - DEPRESSÃO MAIOR EM TRABALHADORES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA: O QUE OS GESTORES PODERIAM FAZER ?
ANDRÉA TENÓRIO CORREIA DA SILVA - FMUSP, CLAUDIA DE SOUZA LOPES - UERJ, EZRA SUSSER - COLUMBIA UNIVERSITY, PAULO ROSSI MENEZES - FMUSP


Objetivo: estimar a prevalência de depressão em trabalhadores da estratégia saúde da família (ESF) e identificar características do trabalho associados à depressão. Método: estudo transversal realizado no município de São Paulo (estudo PANDORA-SP). Entrevistamos 2.940 trabalhadores (agente comunitário de saúde, medicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem), no total foram 351 equipes avaliadas. Utilizamos a regressão logística multinomial para avaliar as associações entre as variáveis associadas ao trabalho e os sintomas depressivos (indivíduos foram classificados de acordo com o PHQ-9 em: sem sintomas; com sintomas moderados ou com depressão maior). Resultados: 36,3% dos participantes apresentaram sintomas depressivos e 16% depressão maior, que é quase o dobro da prevalência encontrada na população do município de São Paulo (9,4%). As características do trabalho associadas à depressão foram: profissão, tempo de trabalho na estratégia saúde da família, tipo de liderança praticada pelo gerente, tipo de trabalho (baixa autonomia e alta demanda), baixo suporte social (supervisor e colegas de trabalho). Por outro lado, o número de pessoas cadastradas na equipe e o trabalhar em áreas vulneráveis (favelas) não apresentaram associação com depressão. Conclusões: esses achados tem repercussões para os trabalhadores, para a população assistida pelas equipes ESF e para os gestores da saúde. As ações devem priorizar intervenções no trabalho, como treinamento dos supervisores e gerentes (liderança e suporte), ações que promovam o aumento da autonomia e do suporte social.


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