11/10/2017 - 08:30 - 09:50 Consumo de alimentos ultraprocessados |
17751 - CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS E PERFIL NUTRICIONAL DA DIETA NO REINO UNIDO FERNANDA RAUBER - NÚCLEO DE PESQUISAS EPIDEMIOLÓGICAS EM NUTRIÇÃO E SAÚDE, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO, FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO., MARIA LAURA DA COSTA LOUZADA - NÚCLEO DE PESQUISAS EPIDEMIOLÓGICAS EM NUTRIÇÃO E SAÚDE, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO, FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO., EURIDICE MARTÍNEZ STEELE - NÚCLEO DE PESQUISAS EPIDEMIOLÓGICAS EM NUTRIÇÃO E SAÚDE, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO, FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO., CHRISTOPHER MILLETT - NÚCLEO DE PESQUISAS EPIDEMIOLÓGICAS EM NUTRIÇÃO E SAÚDE, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. PUBLIC HEALTH POLICY EVALUATION UNIT, SCHOOL OF PUBLIC HEALTH, IMPERIAL COLLEGE LONDON., CARLOS AUGUSTO MONTEIRO - NÚCLEO DE PESQUISAS EPIDEMIOLÓGICAS EM NUTRIÇÃO E SAÚDE, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO, FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO., RENATA BERTAZZI LEVY - NÚCLEO DE PESQUISAS EPIDEMIOLÓGICAS EM NUTRIÇÃO E SAÚDE, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
Objetivos: Descrever o consumo de alimentos ultraprocessados e avaliar o seu impacto sobre a qualidade nutricional da dieta no Reino Unido.
Métodos: Análise do consumo alimentar (registro alimentar de quatro dias) de amostra representativa da população do Reino Unido (n=4.156) estudada pela National Diet and Nutrition Survey (2008-12). Os alimentos foram classificados em quatro grupos segundo a classificação NOVA, que considera a extensão e o propósito do processamento industrial dos alimentos. O teor médio de nutrientes fornecido pelos grupos e segundo a participação de alimentos ultraprocessados na ingestão total de energia foram comparados.
Resultados: Alimentos ultraprocessados contribuíram com 56,8% das calorias totais, alimentos in natura ou minimamente processados com 30%, alimentos processados com 9,1% e ingredientes culinários com 4,1%. Comparada a fração da dieta relativa a alimentos in natura ou minimamente processados e ingredientes culinários, a fração relativa a alimentos ultraprocessados apresentou 1,4 vezes mais açúcar livre e três vezes mais sódio, além de ter apresentado teores inferiores de proteína (1,7 vezes menos), densidade de fibra (1,2 vezes menos) e densidade de potássio (2,5 vezes menos). O teor carboidratos, açúcar livre, gorduras e sódio aumentaram significativamente com o aumento da contribuição de alimentos ultraprocessados, enquanto o oposto ocorreu para o teor de proteínas, fibras e potássio (p<0,05).
Conclusões: Os resultados deste estudo realizado em amostra representativa da população do Reino Unido, à semelhança de outros realizados em países de média e alta renda, indicam que a redução no consumo de alimentos ultraprocessados pode melhorar substancialmente a qualidade nutricional da alimentação.
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