11/10/2017 - 08:30 - 09:50 Epidemiologia da tuberculose e da malária |
19436 - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NO BRASIL MARLI SOUZA ROCHA - COORDENAÇÃO GERAL DO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE TUBERCULOSE. MINISTÉRIO DA SAÚDE. BRASÍLIA, DF, BRASIL, REJANE SOBRINO PINHEIRO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL, DANIELE MARIA PELISSARI - COORDENAÇÃO GERAL DO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE TUBERCULOSE. MINISTÉRIO DA SAÚDE. BRASÍLIA, DF, BRASIL, PATRICIA BARTHOLOMAY OLIVEIRA - COORDENAÇÃO GERAL DO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE TUBERCULOSE. MINISTÉRIO DA SAÚDE. BRASÍLIA, DF, BRASIL, DANIELE CHAVES KHULEIS - COORDENAÇÃO GERAL DO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE TUBERCULOSE. MINISTÉRIO DA SAÚDE. BRASÍLIA, DF, BRASIL, KLEYDSON BONFIM ANDRADE ALVES - COORDENAÇÃO GERAL DO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE TUBERCULOSE. MINISTÉRIO DA SAÚDE. BRASÍLIA, DF, BRASIL, DENISE ARAKAKI-SANCHEZ - COORDENAÇÃO GERAL DO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE TUBERCULOSE. MINISTÉRIO DA SAÚDE. BRASÍLIA, DF, BRASIL
Objetivo: Descrever o acesso ao diagnóstico e tratamento da tuberculose em pessoas em situação de rua (PSR) atendidas por equipes de Consultórios na Rua (CnaR).
Método: Foi realizado um estudo transversal com as PSR diagnosticadas com TB pulmonar e notificadas no SINAN, em 2015. Comparou-se a realização de exames, tratamento diretamente observado (TDO) e desfecho do tratamento em PSR notificada por Consultórios na Rua (CnaR) com a notificada por unidade de saúde convencional (USC) pelo teste do qui-quadrado.
Resultados: 2.822 PSR foram diagnosticadas com TB e dessas, 446(15,8%) foram notificados pelo CnaR. A proporção de baciloscopias foi 8% (p=.002) menor nos CnaR. Porém, o CnaR realizou 70% mais exames de cultura (p<.0001) e o dobro de testes rápidos moleculares (p<.0001) e de sensibilidade (p<.0001). No tratamento, os CnaR realizaram 50% mais TDO (p=.002). Foram mais frequentes no CnaR o encerramento por cura (CnaR=44,2% e USC=32,2%) e abandono (CnaR=38,8% e USC=36,8%). Houve também maior diagnóstico de TB drogarresistente (TBDR), mudança de esquema e falência (CnaR=2,2% e USC=1,8%). Este grupo ainda apresentou menor óbito (CnaR=4,7% e USC=13,0%) e mudança de serviço (CnaR=15,5% e USC=24,8%) que as USC.
Conclusões: O perfil do atendimento nos CnaR mostrou maior acesso aos exames de diagnóstico, maior TDO, melhores desfechos, com exceção do abandono, menor mudança de unidade de saúde e, possivelmente, maior vínculo com o paciente em situação de rua. Esses resultados sugerem que os CnaR são equipamentos que se apresentam mais preparados para o cuidado da PSR.
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