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11/10/2017 - 08:30 - 09:50 Saúde da criança: mortalidade infantil |
19491 - FATORES ASSOCIADOS À MORTALIDADE PERINATAL NA PESQUISA NASCER NO BRASIL: UM ESTUDO DE CASO-CONTROLE PATRICIA - ENSP/FIOCRUZ, SILVANA GRANADO NOGUEIRA DA GAMA - ENSP/FIOCRUZ, INÊS ECHENIQUE MATTOS - ENSP/FIOCRUZ
A mortalidade perinatal é um importante indicador de saúde pública para avaliação da saúde materna e infantil. O objetivo foi avaliar a associação de cada um dos componentes da mortalidade perinatal com características maternas, fetais e condições de assistência à gestante e ao recém-nascido.
Estudo de caso-controle de base hospitalar, proveniente da Pesquisa “Nascer no Brasil”. Considerou-se casos todos os óbitos perinatais identificados, para seleção dos controles realizou-se pareamento por sexo, instituição e data de nascimento. A amostra final englobou 415 casos e 1245 controles. Realizou-se dois modelos distintos de regressão logística condicional hierarquizada, um para óbito fetal e outro para neonatal precoce, nível de significância de 5%.
A taxa de mortalidade perinatal foi de 19,8/1.000 nascimentos, com maior proporção de óbitos fetais (55,7%). Mantiveram-se associadas às mortes fetais: baixa escolaridade materna (OR=1,35, IC95%: 1,01-1,82), síndromes hemorrágicas (OR=2,13, IC95%: 1,28-3,54), ameaça de parto prematuro (OR=2,27, IC95%: 1,38-3,74), malformação congênita (OR=2,02, IC95%: 1,20-3,41) e crescimento intrauterino restrito (OR=3,02, IC95%: 2,23-4,08). Malformação congênita (OR=2,33, IC95%: 1,55-3,49), prematuridade (OR=2,05, IC95%: 1,04-4,05), peso ao nascer < 1.500 g (OR=2,28, IC95%: 1,06-4,87), reanimação neonatal (OR=1,70, IC95%: 1,13-2,56) e oxigenioterapia (OR=1,92, IC95%: 1,18-3,11) foram fatores de risco para a morte neonatal precoce.
Os óbitos fetais sofrem maior influência da condição socioeconômica materna e de complicações gestacionais e o óbito neonatal precoce, além de características do RN, também fatores relativos à assistência neonatal. Triagem e manejo adequados e eficientes para as complicações gestacionais e melhoria da assistência ao parto e ao neonato favoreceriam a desfechos positivos.
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