11/10/2017 - 08:30 - 09:50 Saúde da população negra |
19105 - ANÁLISE DA COMPLETUDE DO QUESITO COR/RAÇA NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE IONARA MAGALHÃES DE SOUZA - UEFS, EDNA MARIA DE ARAÚJO - UEFS, CARLOS ALBERTO LIMA DA SILVA - UEFS, FELIPE SOUZA NERY - UFS, THAÍSA MERCÊS DE OLIVEIRA - UEFS
OBJETIVO: descrever o percentual de preenchimento do quesito cor nos sistemas de informação em saúde. MÉTODOS: estudo descritivo com dados secundários dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS): Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) e Sistema de Internações Hospitalar (SIH). Foi avaliado o percentual de registros de estatística vitais: Mortalidade Geral (por local de ocorrência) e Nascidos Vivos e Morbidades Hospitalares (internações por residência), das cinco regiões brasileiras, consideradas a categoria ignorado do quesito cor e a totalidade de registros. O período correspondeu ao ano de incorporação do quesito cor nos respectivos sistemas: SIM: 1996-2014, SINASC: 1996-2014 e SIH: 2008-2016. Os dados foram analisados no programa Stata, versão 13. RESULTADOS: Em todo o período e regiões, no SIM foram registrados 16,8% de dados ignorados referentes ao quesito cor, com destaque para região nordeste (24,7%); no SINASC, 18,9%, destacando-se a região sudeste (21,2%) e, no SIH 32,5% de dados ignorados. A região centro-oeste concentrou 49,3% de campo sem preenchimento. Do ano de incorporação do quesito cor ao último ano de registro, os valores percentuais médios sofreram expressiva queda: SIM: de 98,6% de registros ignorados para 4,2%, no SINASC: de 98,4 para 4,4% e SIH de 35,7% para 26,3%. CONCLUSÃO: observa-se significativa redução de dados ignorados nos SIS. Os registros de internações hospitalares apresentaram mais dados ignorados quando comparados com as estatísticas vitais. A incorporação do quesito cor e respectiva completude representa grande força política para o monitoramento e redução das iniquidades raciais em saúde.
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