11/10/2017 - 08:30 - 09:50 Saúde da população negra |
20473 - COMPORTAMENTO TEMPORAL DA MORTALIDADE MATERNA POR RAÇA/COR NO BRASIL, 1997-2014 FELIPE SOUZA NERY - UFS, IONARA MAGALHÃES DE SOUZA - UEFS, EDNA MARIA DE ARAÚJO - UEFS, THAÍSA MERCÊS DE OLIVEIRA - UEFS
Objetivo: analisar o comportamento temporal dos coeficientes de mortalidade materna no Brasil, por raça/cor, entre 1997-2014. Método: estudo ecológico/temporal, com dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade e Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos/DATASUS. Foram calculados os coeficientes de mortalidade materna no Brasil por 1.000 NV segundo a raça/cor, estimadas a média (IC 95%) e a diferença entre médias (teste t de student). Foi adotado o modelo de regressão linear simples, com correção Prais-Winsten para análise temporal, adotado p-valor ≤ 0,05. Os dados foram processados no programa STATA, versão 13. Resultados: Na população negra, os coeficientes de mortalidade materna variaram de 30,8 a 20, com média de 22,4 (20,8-24), apresentando em 1998 o maior coeficiente (31,4). A população de mulheres não negras, teve variação de 25,7 a 25,4, com média de 22 (21,6-24), apresentando, também em 1998, o pior resultado (26,7). A população de mulheres indígenas, teve variação de 17,3 (em 1997) a 14,1, com média de 13,4 (12,3-14,5). Não houve diferenças significativas entre as médias na população negra e não negra. A diferença entre médias entre população negra e indígenas e não negra e indígenas foi de 9,4 (7,8-11) e 9 (7,1-10,9), respectivamente, resultados estatisticamente significantes. Em relação ao comportamento temporal, todas as categorias apresentaram comportamento estacionário. Conclusão: os maiores coeficientes foram observados em mulheres negras. O comportamento temporal estacionário em todas as categorias é preocupante. A igualdade racial, o aumento da qualidade e cobertura da atenção obstétrica representam esforços para o combate à mortalidade materna no Brasil.
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