11/10/2017 - 08:30 - 09:50 Saúde do trabalhador 2 |
16225 - TRABALHO EM TURNO, ESTRESSE E SINDROME METABÓLICA: ANÁLISE DO ESTUDO ELSA-BRASIL. ALINE ELIANE DOS SANTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, LARISSA FORTUNATO DE ARAÚJO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, ROSANE HARTER GRIEP - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, DORA CHOR - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, SANDHI MARIA BARRETO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, LUANA GIATTI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Objetivo: Investigar a associação independente do turno de trabalho e do estresse psicossocial no trabalho com a presença de síndrome metabólica, e verificar a presença de modificação de efeito entre ambas as variáveis explicativas.
Métodos: Foram incluídos cerca de 11.000 servidores com idade entre 35 e 74 anos, participantes da linha base (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), uma coorte multicêntrica de servidores públicos. Foi utilizada regressão logística para estimar associações independentes entre as variáveis explicativas de interesse (turno de trabalho e estresse psicossocial no trabalho) e síndrome metabólica. Termo de interação foi acrescido, após completo ajustamento por potenciais fatores de confusão.
Resultados: As maiores prevalências de síndrome metabólica foram apresentadas pelos trabalhadores com 20 anos ou mais de trabalho noturno (43,1%), por aqueles expostos à rotina de alto desgaste (36,8%) e entre os trabalhadores expostos aos menores tercis de demanda e controle (35,5% e 33,7%, respectivamente). À analise ajustada por variáveis de confundimento, o trabalho noturno ≥ 20 anos foi associado com uma frequência de síndrome metabólica 36% superior ao trabalho diurno (95% IC: 1,09-1,69). Somente a exposição ao trabalho com ‘alto desgaste’foi independentemente associado à síndrome metabólica (OR: 1,16; 95% IC: 1,02-1,32). Após ajustes mútuos essas associações não foram alteradas. Não foi identificada interação do estresse psicossocial na associação entre turno de trabalho e SM (p valor>0,05).
Conclusões: O trabalho noturno por 20 anos ou mais e o alto desgaste no trabalho associaram-se, de forma independente, a ocorrência da síndrome metabólica.
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