Comunicações Coordenadas
11/10/2017 - 08:30 - 09:50 Saúde mental |
19608 - PERFIL DAS PESSOAS QUE ACUMULAM OBJETOS E/OU ANIMAIS EM CURITIBA/PR GRAZIELA RIBEIRO DA CUNHA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR), DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA, CURITIBA, PR, BRASIL, SUZANA MARIA ROCHA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR), DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA, CURITIBA, PR, BRASIL, EVELYN CRISTINE SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR), DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA, CURITIBA, PR, BRASIL, CAMILA MARINELLI MARTINS - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA E SAÚDE ANIMAL, SÃO PAULO, SP, BRASIL, FERNANDO FERREIRA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA E SAÚDE ANIMAL, SÃO PAULO, SP, BRASIL, MARILIA DE FÁTIMA CECCON-VALENTE - 3SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, PREFEITURA DE CURITIBA, PR, BRASIL, LIANA LUDIELLI DA SILVA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, PREFEITURA DE CURITIBA, PR, BRASIL., FLÁVIA DIAS MARTINS - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, PREFEITURA DE CURITIBA, PR, BRASIL., DIRCIANE FLOETER - SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, PREFEITURA DE CURITIBA, PR, BRASIL, MAYSA PELLIZZARO - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”, DEPARTAMENTO DE HIGIENE VETERINÁRIA E SAÚDE PÚBLICA, BOTUCATU, SP, BRASIL, ALEXANDER WELKER BIONDO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR), DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA, CURITIBA, PR, BRASIL.
Objetivos: Estabelecer o perfil dos acumuladores de objetos e/ou animais em Curitiba, Paraná, um comportamento que tem sido considerado uma preocupação crescente de saúde pública, com profundos impactos sociais. Métodos: Desenvolveu-se um estudo transversal baseado nos registros oficiais da Prefeitura de Curitiba de fiscalizações em acumuladores suspeitos. Resultados: 113 casos foram identificados e 69/113 (61,03%) avaliados completamente. Em geral, objetos estavam envolvidos em 72/69 (63,76%) casos e animais em 39/69 (56,52%); sendo que 26/69 (37,68%) eram homens e 43/69 (62,32%) eram mulheres, significativamente mais reportadas entre os casos de acúmulo de animais (p=0,02). A idade dos acumuladores variou de 33 a 84 anos (média=62,47 ± 11,30), sendo 40 casos (57,97%) de pessoas idosas. 63,76% dos acumuladores reportaram que possuíam escolaridade até o ensino médio; 50,72% recebiam até um salário mínimo por mês e 39,13% que vivem sozinhos. Problemas de saúde foram relatados em 76,81% dos casos; risco de proliferação de vetores em 88,40% e o odor desagradável foi perceptível em 65,21%, sendo este último mais frequente em casos de mulheres (p=0,004) e de animais (p=0,001). Risco de incêndio e desabamento foram relatados em 34,78% e 13,04% dos casos respectivamente, ambos significativamente mais frequentes em casos de acúmulo de objetos (p=0,018 e 0,021). A análise de correspondência múltipla reforçou os achados obtidos com a estatística descritiva. Conclusões: O perfil das pessoas que acumulam em Curitiba é de mulheres, idosas, com baixa renda, com problemas de saúde, nível educacional básico e vivendo sozinhas sob riscos de proliferação de vetores e odor desagradável.
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